Yayoi Kusama vê o mundo em forma de bolas. Seu gênio criativo a fez transpôr esse universo particular para a arte, o que incluiu, nos anos 1950, várias performances nos Estados Unidos, onde morou antes de voltar ao Japão.
Desde 1977, ela mora, por vontade própria, em uma clínica psiquiátrica de Tóquio. E continua produzindo, aos 84 anos.
Agora o Brasil ganha, finalmente, uma mostra da artista. Batizada Obsessão Infinita, ela fica no CCBB carioca até janeiro de 2014.
Entre fevereiro e abril do próximo ano, é a vez de Brasília abrigar a exposição, que aporta em São Paulo no dia 21 de maio. São mais de cem trabalhos da artista que se viu novamente ocupando as manchetes quando o estilista Marc Jacobs, então diretor criativo da grife Louis Vuitton e colecionador de arte contemporânea, levou para as bolsas e outros acessórios da marca francesa a arte de Kusama.
O Brasil já tem, desde 2009, uma obra da artista no Instituto Inhotim, em Minas Gerais: o Narcisus Garden, um espelho d’água com 500 esferas de aço inoxidável.
Em 1966, Kusama montou essa obra na Bienal de Veneza em uma de suas performances: ela mergulhou na piscina de bolas, como uma metáfora de sua própria vida.