“Queria um apartamento com vidros e transparências por todo canto. Eu já vivo tão cercado de cores, que prefiro um ambiente neutro”, explica o designer de moda, diretor de cinema e fotógrafo alemão Karl Lagerfeld, que, entre dezenas de outras contribuições, é o principal nome à frente da marca Chanel.
No apartamento de 320 m2 situado em um prédio do século XIX da Quai Voltaire, em Paris, o designer abusou de influências vanguardistas e futuristas para transformar um clássico studio parisiense em uma morada cor de gelo (que na opinião de muitos não chega a ser exatamente aconchegante) para “dormir, tomar banho e trabalhar”, nas palavras do próprio Lagerfeld.
Foram dois anos e meio de reformas e paredes de oito cômodos suprimidas da planta para se chegar ao resultado final. O lar futurista de Lagerfeld inclui, na sala, uma estante retrátil que acomoda parte da imensa coleção de livros (mais de 40 mil, espalhados pelas várias residências do designer), portas de vidro que guardam a televisão e escondem um closet de artista e um refrigerador lotado exclusivamente de garrafas de Cola-Cola. Excentricidades de gênio, em um projeto não menos ousado.
