Perché non parli?

A mostra Solid Senses, apresentada no Fuori Saloni do Salão do Móvel de Milão, foi uma nova experiência para os visitantes: a empresa Robot City convidou designers e arquitetos para desenhar ou reinterpretar peças de mobiliário em blocos maciços de mármore de carrara.

Entre os itens mais impressionantes estava a cadeira Proust, desenhada por Alessandro Mendini em 1978 (abaixo). Mas havia muito mais a ser visto, como a mesa-árvore e as cadeiras-coelho, criação de Stefano Giovannoni.

Paolo Ulian e Moreno Ratti desenharam um banco cheio de curvas que parece feito em camadas. Stefano Boeri transpôs para o mármore uma mesa criada pela mãe, Cini Boeri.

Tudo fica mais curioso quando se sabe que todas essas grandes esculturas foram talhadas por máquinas ultra-modernas, em um processo acompanhado de perto por experientes artesãos do mármore.

Michelangelo, ao terminar de entalhar o seu Moisés, martelou o joelho da obra: Peché non parli?, teria perguntado diante de sua própria capacidade de perfeição. Já não há Michelangelos, mas atingir a perfeição ainda é um ideal perseguido pelo homem. E não é que às vezes dá certo?

 

 

 

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