Neste mês de fevereiro, o prédio batizado originalmente como Beekman Tower, e também conhecido pelo seu endereço, Eight Spruce Street, em Manhattan, completa 3 anos.
Erguido sob uma das assinaturas mais famosas do universo da arquitetura, a do canadense naturalizado americano Frank Gehry, ele é bem mais que um prédio, mas um marco.
Entre estúdios e unidades de um, dois e três quartos, ele é um primor para quem ama números e estatísticas: é o 12º edifício residencial mais alto do mundo e o segundo mais alto do Ocidente, com 265 metros. Tem 76 andares e 903 apartamentos. Também acumula elogios.
O prestigiado crítico da revista New Yorker, Paul Goldberger, acredita que se trata de “uma das mais belas torres da cidade”. Nicolai Oiroussoff, do New York Times, foi mais longe em sua reportagem à época da inauguração: “É o prédio mais bonito erguido em Nova York desde o edifício da CBS, de Eero Saarinen, construído há 46 anos.”
Para Oiroussoff, os dois prédios, somados do AT&T (hoje Sony), de 1979, o Eight Spruce Street “cristaliza um particular momento histórico: a passagem da era moderna para a digital”. Sua estrutura de concreto coberta por uma pele de aço inoxidável se ergue como ondas encrespadas, formando com os vidros curvos uma visão quase irreal.
Visto de baixo e um dia particularmente nublado, pode lembrar uma construção gótica, como uma reinterpretação da Sagrada Família.
Todos os apartamentos são alugados. Por um estúdio paga-se a partir de 3 mil dólares. Já o aluguel de um apartamento de dois quartos custa a partir de 9 mil dólares, podendo subir para mais dez mil se for uma unidade com terraço. Em se tratando de Nova York, Manhattan e Frank Gehry, o céu é o limite.
A peça publicitária também tem a mão do Pritzker Gehry, de 84 anos: um filme que mostra a sua visão da cidade nos arredores da ponte do Brooklyn, onde fica o prédio. O filme, intitulado New York by Gehry, já alcançou uma façanha: o próprio edifício começa a ser chamado assim.