Casa aberta

O casal se apaixonou pelo espaço – mas não pela planta da casa, com sua distribuição acanhada que fazia os 700m2 encolherem, sofrerem com a falta de luz e de ar. E no Alto de Pinheiros, região plana e arborizada da capital paulista.

A solução veio pelas mãos de Deborah Roig, já conhecida da dupla. O casal é uma espécie de síntese do que a arquiteta apresenta em seu trabalho: o marido gosta de tudo o que é atemporal, enquanto a mulher é mais ligada em arte e design.

A casa ao lado foi comprada para incorporar um jardim, que ficou à vista quando Deborah trocou as pequeninas janelas por paineis de vidro.

“Abri grandes vãos e atualizei os acabamentos”, resume  a arquiteta, que fez a vista se voltar para o entorno, onde o paisagismo se descortina.

Assim, a sensação é de estar fora de São Paulo, em algum bucólico lugarejo do mundo.

O único lugar em que o espaço sobrava era a sala de jantar, “enorme”, ela conta, “enquanto todo o resto era pequeno”.

Deborah criou uma adega no ambiente para aproveitar a área.

A marcenaria é “chic e descolada, nunca austera”. Um bom exemplo está justamente na sala de jantar, com mobiliário de linhas retas, elegante, sob um lustre do ousado Ingo Maurer.

No living, mesinhas de tamanhos diferentes dão uma bossa ao espaço em que o casal expõe suas recordações. “É uma casa cheia de resgates”, diz. E de cores. Tapetes Phenicia dão o tom exato entre estofados italianos e obras de arte.

“Gosto de uma base neutra, sólida, com uma boa distribuição”, pontua, explicando como se faz uma grande reforma com poucas transformações.

 

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