Esta casa de pedras localizada em Quebec, no Canadá, tinha 200 anos e precisava urgentemente de uma reforma. Além de modernizar a propriedade, os donos também queriam ampliar a área construída. E lançaram ao arquiteto Henri Cleinge um desafio daqueles: que no espaço novo fosse priorizada uma linguagem contemporânea, mas que dialogasse com a construção centenária.
A morada abriga quatro gerações da família: o bisavô, os avós e as crianças, que ficariam na casa antiga, enquanto a nova construção seria ocupada pelos pais. E foi nessa harmonização de geração que Cleinge apostou, na qual caberiam componentes de múltiplas gerações – e na qual a arquitetura expressasse a passagem do tempo.
O resultado esplendoroso prova que é possível unir o velho e o novo sem que um se imponha ao outro. A antiga construção de pedras ganhou, em uma de suas laterais, uma casa moderna de linhas retas, na qual é ligada por uma passagem de vidro, como um túnel do tempo. Na nova morada, o passado não entra senão pelas grandes janelas de vidro, através das quais se pode ver o velha construção.