Quem estiver de passagem por Londres entre os dias 25 de setembro e 19 de janeiro de 2014 tem um programão para ser aproveitado: a Tate, que já é uma atração por si, exibe nesse período nada menos que 250 obras da artista Mira Schendel, entre pinturas, desenhos e esculturas, incluindo trabalhos inéditos. Nascida em Zurique, em 1919, Mira Schendel estudou artes e filosofia na Itália antes desembarcar no Brasil em 1949 – período ainda conturbado na Europa. Não à toa, a mostra da Tate traz à luz a troca que Schendel estabeleu com filósolos e pensadores de sua época.
Considerada um dos mais importantes nomes da arte contemporânea brasileira, nunca se engajou de fato em alguma corrente artística, mas teve livre trânsito por todas, colocada à altura de Lígia Clark e Hélio Oiticica. Depois de morta, em 1988, sua obra ganhou a dimensão que sempre mereceu. A exposição foi organizada pela Tate em colaboração com a Pinacoteca do Estado de São Paulo e a Fundação de Serrales, no Porto, em Portugal. Haja fôlego para tanta informação visual. Mas o final só pode ser feliz.